quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

RJ e o fim da aprovação automárica

A secretaria de educação do Rio de Janeiro,Claudia Costin,aliás uma baita executiva,extinguiu uma das cagadas existentes na escola pública,em muitos locais do País.Refiro-me a aprovação automática dos alunos do ensino fundamental e médio,independente de terem sido aprovados ou não,sob a alegação de que eram um custo financeiro as repetencias e também de que eram fator de abandono da escola.Sabiamente voltam a ser obrigatórias as provas e o aproveitamento anual dos estudos feitos.Absurdo manter o aluno,ano após ano,na escola,sendo aprovado sem estudar,sem crescer em conhecimento,sob alegações frágeis,perdendo-se,nesse caso sim,a oportunidade de fazer um cidadão melhorar,aprofundando os conhecimentos.Por outro lado,dentro do principio pedagógico de que o ensino é coletivo,mas a aprendizagem é individual,ou seja,que cada um tem o seu tempo,suas dificuldades,ficou determinado que além de ma,elhor e mais cuidadoso ensino,haverá o acompanhamento do rendimento de cada aluno e será atribuição do Conselho Escolar,em cada Escola,determinar os casos em que mesmo sem a nota necessária,o aluno pode e mesmo deve passar de ano.Muitos são os casos em que o aluno não o consegue não por incapacidade,mas por motivos alheios a vontade dele,desde familiares a sociais.Isso é justo e previsto na LDB.Parabéns a Claudia Costin,que veio da administração privada para a pública e está demonstrando o que é sabido,que não é mais dificil administrar o público e dentro das exigencias do Direito Administrativo,desde que aplique-se a administração cientifica e não a politicagem rasteira vigente nos serviço público brasileiro.Madeira

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Curriculos brasileiros

A nossa cultura,em portuguesa nesse aspecto,nos acostumou a formarmos generalistas no conhecimento.Nós denominamos os americanos,alemães,japoneses e outros de ignorantes,por dizerem que Buenos Aires é a capital do Brasil,o que é um chiste,através do qual deseja-se,na verdade,desmerecer a formação geral de outros países.No entanto todos eles desconhecem particularidades,ainda mais de outros locais,mas conhecem profundamente qualquer área de especialização tecno-cientifica que seja de importância para sua nação.Isso é porque fora do nosso País,já se entendeu que é melhor você ter apenas o especialista no assunto tocando-o do que vários generalistas falando a respeito.Nós temos grandes cientistas,os melhores do setor de conhecimento e todos fora do Brasil e não é apenas por motivos financeiros,mas pelas dificuldades impostas pelos sábios da área e pela nossa burocracia estatal.A saída para o nosso mais rápido desenvolvimento é a reforma curricular,desde o ensino fundamental até o pós superior.Chega de impor-se disciplinas que não interessam a alunos que tem tendência/vocação para uma área de concentração de estudos.Que os curriculos levem em conta a vocação do aluno,a dedicação que ele deseja colocar na aprendizagem,deixando-se os conteúdos generalistas,para conversa fiada,para palestras,saraus,reuniões,conferencias ou até para buscas solitárias na internet.Por que impor-se a um potencial excelente físico a obrigação de estudar curricularmente História e Geografia?Por que impor-se a um pesquisador nato,a um vocacionado para a Antropologia ou Filosofia a obrigação de estudar curricularmente Quimica e Fisica?Dessas obrigatoriedades constantes no fundamental(quinta em diante) e no médio apenas a língua pátria e a base matemática deveriam ser obrigatórias e com mais carga horária.O resto,desde lá,já deveria ser orientado conforme as buscas pessoais do alunado.As demais disciplinas não encaminhadoras profissionais,não objeto da paixão,da vocação do aluno,conforme já explicitado,que o fossem dadas a conhecer,como disciplinas complementares,sem rigor aprovatório,através de pesquisas,palestras,semanas culturais e de outras formas leves e agradáveis.Creio firmemente,por muitos anos de experiência em sala de aula,que teriamos um maior aproveitamento e interesse tanto de alunos,como de professores.Chega de conteúdos enfiados goela abaixo,repetidos monocordicamente,ano após ano,por professores cansados e desinteressados e por alunos idem,que já sabem,o que hoje nós sabemos:quanta coisa estudada e não utilizada,quanto tempo perdido.Será que eu ainda vou ver o ensino brasileiro saindo das amarras da chegada da Familia Imperial ao Brasil e criando um verdadeiro e moderno ensino nacional,em tempo integral,com currículos objetivos,interessantes,preparando cientistas vibrantes pelas possibilidades de emprego aqui?Madeira

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Tempo integral nas escolas

A lei de diretrizes e bases da educação nacional,a LDB,tem mais de dez anos de vigencia,é de 20/12/1996,e já determinava em seu artigo 34 a progressividade no tempo de permanencia do aluno na escola,bem como orientava,no artigo 26 sobre os ensinos a serem ministrados dentro desse tempo integral.Essa experiencia,existente nos colégios públicos de Brasilia,através do sistema de escolas-classe e escolas-parque,isto desde a sua fundação,é o ideal,tanto para manter o jovem em atividade e ordenada,como para desenvolver outras habilidades no mesmo,descobrindo-as ou incentivando-as.É vero que o Brasil é um continente e as diferenças regionais,tanto no modus vivendi,como nas condições de vida material,são obstáculos,mas se não foi conseguida ainda a expansão do tempo integral,deve-se a inépcia dos sistemas de ensino,tanto o federal,como o estadual e o municipal,acrescido pela burocracia dos órgãos fiscalizadores,no caso especifico as secretarias de educação estaduais e municipais.Infelizmente servidores de carreira,especialistas em ensino são encostados e coloca-se nos cargos chaves da administração de ensino oficial, politicos,no mais das vezes derrotados nas eleições e amigos do governante eleito,sem a minima condição de conduzir o processo e já pensando em futuras candidaturas.Esse é o problema do ensino e da consecução do previsto na LDB,em especial,do tempo integral,que junto com mudanças curriculares é a salvação do ensino brasileiro,com a manutenção das crianças o dia inteiro nas escolas,com assistencia de professores especializados,desenvolvendo-se e com o tempo dignamente ocupado.Madeira

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

É ensino, não educação.

Desde há muito venho debatendo-me com a confusão estabelecida pelas próprias autoridades federais,desde o Brasil Império,confusão essa referendada pelos pedagogos e outras autoridades da área de ensino,entre as ações familiares e escolares no desenvolvimento das nossas gerações.Educação é um processo,ad-aeternum,de desenvolvimento do ser humano,em todas as suas potencialidades e necessidades,quer sejam fisicas,intelectuais,morais,comportamentais.Ensino é a transferencia de conhecimentos.É óbvio que as ações educacionais,como processo,utilizam-se predominantemente do ensino.Também o é que como processo deve a educação ser integrada,levando em seu bojo,todos os componentes que interagem diariamente no desenvolviemnto de cada ser.No entanto,ainda que tenha de haver essa integração,aliás muito bem amarrada na nossa legislação,quer na Constituição,quer na LDB,a obrigação educacional é da familia predominantemente e na maturidade de cada individuo(lógico com integração da escola,empresa,igrejas,enfim de todos os organismos sociais),sendo das escolas a responsabilidade primordial do ensino,obviamente secundada por todos os demais segmentos.Dentro dessa lógica não há que se falar ou denominar os órgãos públicos de área de ensino de Ministério da Educação,Secretaria da Educação e sim de Ministerio do Ensino,Secretaria do Ensino,o que certamente minimizaria essa confusão e os problemas diários nas escolas,pois,para quem já militou ou milita,existem dois tipos de pais nessa relação escola x familia:uns querem que a escola eduque os filhos,até com castigos e outros não admitem nenhum corretivo,desejando que as escolas deixem seus filhinhos fazerem o que quiserem,daí advindo um vácuo de autoridade educacional.Colégio não é para educar.É para ensinar,passar conhecimentos(na verdade o mais das vezes improdutivos).A própria LDB é clara ao declarar,logo no seu primeiro artigo que a educação é um processo formativo que se desenvolve na vida familiar,na convivencia humana,no trabalho,nos estabelecimentos de ensino,nos movimentos sociais,nas organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais,ou seja as escolas são parte do processo e não base do mesmo.Também denomina de educação apenas a infantil,denominado os demais níveis de ensino(fundamental,médio e superior.Portanto chega de confundir educação,o todo,o maior,o processo,com ensino,parte dela.Madeira